30 de outubro de 2012

APRESENTANDO: Red From Christmas






É Natal. Um pedido especial vem vindo, se esgueirando na neve e balançando seus guizos pela noite.

Quando Evan se vê em desespero diante dos tormentos da vida adolescente, sua escolha é posta sobre um livro que promete trazer para mais perto suas ambições, assim como também o faz ter esperança quanto aos pedidos mais profundos de seu tormento. Levado por um momento de fraqueza, o adolescente atrai para si e para as pessoas a sua volta uma antiga entidade disfarçada sob uma imagem acolhedora e contagiante. Agora, sofrendo com pesadelos proféticos que prevem mortes e desgraças,  Evan precisa reaver seus desejos e proteger todos aqueles a quem colocou em perigo, lutando contra o sanguinário espírito natalino e os ponteiros do relógio, buscando redenção e justiça por todo o sangue que já foi e há de ser derramado. 
Enquanto ainda resta tempo, antes do relógio soar a meia-noite, enquanto ainda não é Natal.


Demorou, mas saiu.
Acreditem, é uma realização para mim. Algumas considerações que devo expor, para que todos vocês entendam: eu nunca terminei nenhuma das historinhas longas que comecei a escrever (pelo menos não até hoje). Red From Christmas nasceu de uma inspiração macabra de Natal que tive em 2010. A ideia era simples: escrever um roteiro de terror – apesar de eu achar que esteja totalmente suave – abordando uma época boa à maioria das pessoas, o Natal. Presentes, fraternidade, mesa farta de comida e esse tipo de coisa. A ideia básica era essa. Lembro que no dia que veio a inspiração, eu tinha dezesseis anos e escrevi o primeiro e uma parte do segundo capítulo em um só dia, pasmem vocês. Sim, não estou exagerando, porque lembro como se fosse ontem. Por isso, devo explicar desde já: os primeiros capítulos estão estranhos - ou a palavra certa seria “ruins”? -, porque naquela época eu não tinha todo o hábito de escrita que tenho agora, ou seja, eu evoluí e os dois capítulos iniciais estão sob influência da minha personalidade e falta de habilidade daquela época. Tentei reescrevê-los, juro, retirei muitas coisas a fiz pequenas adições. Eu sei o quão ruins estão comparados aos dois últimos, então peço humildemente que empurrem com a barriga e tentem dar seguimento. Mas se não conseguirem, vou entender perfeitamente. Quero que isto fique bem claro. Por essa razão, talvez vocês venham notar certa diferença entre os dois primeiros e dois últimos capítulos, mas nada prejudicial, creio eu. A intenção era terminar antes do Natal daquele mesmo ano, mas não deu. Sou péssimo em terminar as coisas e a história ficou parada.
Em 2011, continuei o finalzinho do segundo capítulo e mais da metade do terceiro. O objetivo também era para ficar pronto antes do Natal, mas outra vez a preguiça e o desinteresse não permitiram. Tive outra decepção existencial, julgando que jamais faria meus sonhos ou metas darem certo. Então aqui estamos: cheguei em 2012 e pus na mente que precisava terminar. Merda! Foi quatro meses empurrando com a barriga alguns parágrafos, certo número de folhas e finalizações de capítulos. Mas eu terminei! FUCK YEAH, eu terminei. E aqui vamos nós. Devo avisar que vou postar os capítulos gradualmente, começando pelo prólogo na Segunda-Feira (05/11). A partir do 1º capítulo, farei isso de forma certa, atualizando a história em duas e duas semanas. Repito: 2 (duas) em 2 (duas) semanas.
Pra que fique mais claro, aqui vai o calendário:

05/11 – Prólogo;
12/11 – Capítulo 1;
26/11 – Capítulo 2;
10/12 – Capítulo 3;
24/12 – Capítulo 4 [FINAL].

Espero que o mundo realmente não termine conforme o calendário Maia ou que alienígenas não invadam a Terra. Sério. Vou colocar abaixo a sinopse da história. Espero que gostem. Espero de coração que tentem ler as minhas baboseiras e ignorem os erros de português, não é fácil revisar. O Word ajuda a corrigir muitas vezes, assim como ele também faz questão de errar uma palavra ou sentença que antes estava certa. Ah! E avisar uma coisa que alguns talvez não percebam: o nome de todos os capítulos são títulos de músicas, portanto, quando estiverem lendo, tentem lembrar o ritmo ou a letra, têm certa relação e eu as usei pra dar um toque de sarcasmo. 

15 de outubro de 2012

Sorte




Coisas assim nunca vão acontecer com você - e quem fala aqui é o lado mais sujo e interesseiro da minha pessoa. Talvez você sinta uma inveja saudável, aquela que não é corrosiva ou danosa às outras pessoas, mas que é extremamente venenosa à sua própria alma. Ela vai te consumir, pouco a pouco, por longos anos. Aliás, bastam meses. O tempo é relativo, e para quem sofre os preconceitos do mundo, um dia de pensamentos pode equivaler à metade de um ano inteiro. É sempre assim. As coisas não darão certo, não que você seja desprovido de amor de família ou vida econômica e social estável, mas existem coisas que mesmo as posses e os parentes não podem sanar. Coisas que você deseja, no entanto, jamais te acontecerão. Suas ambições não serão concluídas e tudo o mais vai dar errado, mergulhando num aquário particular sem fundo e sem peixes coloridos; sem decorações, muito menos aquela “paz de espírito” que tal ornamento promete te passar. Não há sorte, porque eu nunca acreditei em sorte. Ou é acaso, glorificado pelas pessoas sonhadoras e imbecis, ou simplesmente é a porra de um destino maior, tecido por uma existência que tudo sabe e nada se importa. E antes que digam, este não é um texto pessimista, mas sim realista. A realidade dos fatos que paira na minha cabeça e esmaga a porra de um coração cheio de desesperanças e dúvidas. Porque no fim, não acredito que coisas boas – aquelas que eu almejo, numa esperança humilde e inocente – irão me acontecer. E é por isso que às vezes penso merda, é por isso que às vezes tento assumir outra imagem para o mundo. É por isso que, de vez em quando, penso em desistir de tudo (não no sentido literal ou suicida). A vida não é tão boa quanto os “maconheiros” e gente sussa anda dizendo por aí. Não, não. Pelo menos, não pra mim.

14 de outubro de 2012

A Loba





"Após uma busca minuciosa, o animal deu alguns passos para a frente. Isso se repetiu algumas vezes, até ele ficar a poucas centenas de metros de distância. Ele se deteve, com a cabeça erguida, próximo a um arbusto de abetos e estudou, com os olhos e o olfato, o equipamento dos homens que o observavam. Ele admirou-os de modo estranhamente melancólico, como fazem os cães, mas em sua melancolia não havia nada de afeto comum aos cães. Tratava-se de um esmorecimento oriundo da fome, tão cruel quanto seus caninos, tão implacável quanto o próprio gelo".

(A loba - capítulo II, Caninos Brancos, Jack London)

10 de outubro de 2012

E ele não chorou



...e ele não chorou.
Queria. Precisa. Não conseguia.
Talvez pelo machismo que um dia foi colocado na sua cabeça, mas que há muito já não existe. Não foi a primeira vez e creio que não será a última. Não existe perfeição, alguma hora, tudo tem que desandar pra se reestruturar.
Ele observou o ônibus, decidiu ir à pé pra casa, na esperança de uma reviravolta trágica na sua noite infeliz. Quase foi atropelado três vezes. Quase foi confundido com um marginal qualquer por um carro cheio de policiais ávidos para descontar suas frustrações salariais e cotidianas no primeiro moleque que vissem. Quase. Talvez os óculos o tenham salvado. Nunca vi um ‘zé ninguém’ sendo preso ou abordado usando óculos. Posso estar errado.
Ele só queria não sentir. Não conseguiu, foi dormir. Acordo muito cedo, mas saiu da cama muito tarde. Chega uma mensagem: bom dia, amor.
Um sorriso. Porque mesmo ele estava assim?
Já não fazia diferença.

(T.S. Banha)

5 de outubro de 2012

Página




Eu tenho uma infinidade de textos a escrever sobre aquele antigo assunto, sobre àquela antiga devoção. Eles não acabaram, o que prova que algo não está morto. Eu tenho, tenho sim, mas não quero escrevê-los, porque aprendi a viver sem eles. Foi escolha minha e, sinceramente, eu estou muito bem assim. Sem tormentos, nem aquelas típicas lágrimas à noite; muito menos os pensamentos que me arrancavam da realidade. Eu simplesmente escolhi deixar pra lá, porque palavras nunca adiantavam, me faziam de mentiroso ou um garoto de intenção e caráter questionável. Ah, elas eram a minha forma mais pura de provar o que de mais puro havia dentro de mim, mas – outra vez – eu soava como um típico mentiroso, ? Só Deus e os mais chegados sabem e percebiam a tonalidade daquelas palavras, e a quem ou a o quê eu as dediquei. Nem digo que é página virada, mas sim que resolvi deixar aberta no mesmo capítulo, guardado no guarda-roupa, no fundo daquela gaveta esquecida, que uma hora – se vier acontecer, se necessário – eu abrirei e trarei de volta. E, é claro, se essa página ainda estiver apta pra mim. Por ora, vai ficar lá.
Essa é a minha decisão.